sábado, 4 de julho de 2009

BRINCAR COM A IMAGINAÇÃO




Vivi num planeta em plena fase de colonização, pilotei um caça aeroespacial,
mas acabei por aterrar no canteiro de flores do meu quintal.
No alto Egipto fui arqueóloga enfrentei tempestades de areia,
mas em vez de desenterrar achados arqueológicos, enterrava-os,
mas perdi sempre o mapa do tesouro.
Fui uma exploradora intrépida, mas depois de tantas terras descobertas
fui mal compreendida e colocada de castigo.
Peguei touros no Campo Pequeno, e como cavaleira dei várias voltas à arena,
mas a valentia do dia era contrariada pelos pesadelos da noite.

Era tão fácil brincar bastava imaginar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

VIAJAR EM PENSAMENTO OU EM SONHO
É PERCORRER METADE DO CAMINHO
PARA SE CHEGAR AO DESTINO

VIAJAR

Agradeço a DEUS a possibilidade de ter realizado alguns dos meus sonhos de criança, nem todos têm essa graça.
Cresci a observar o mundo pela televisão e pelos livros, muitas vezes imaginei como seria estar em todos aqueles sítios com grande relevância histórica,ou como seria ver com os meus olhos as grandes obras de arte.
Não conhecia ninguém que tivesse viajado pelo prazer do conhecimento e da cultura, pelo que isso me parecia algo muito distante de alcançar.

No entanto, aqui estou, entre o sonho e a realidade.

Em Londres, voltei a ser adolescente quando entrei no museu da cera, fiquei sem palavras nos corredores da National Galery, museu britânico e de história natural.
Em Assis-Itália percorri as mesmas ruas que S.Francisco de Assis e S.António de Lisboa, ouvi a sua história, junto ao seu tumúlo, contada por um frade franciscano, e a emoção transbordou do meu coração e dos meus olhos.
No Brasil viajei com Pedro Alvares Cabral quando entrei na baía de Guanabara.

Na Tunisía andei por terras de Cartago, e revi mentalmente os mapas da batalha dados na escola, mas agora estava onde tudo tinha acontecido.
Andei de camelo no deserto com Lawrence D`Arábia, pronta para viver uma história de mil e uma noites.

Em Cuba fui revolucionária.
Na Índia e Nepal, parecia impossível mas ali estava frente ao Taj-Mahal a 8ª maravilha do mundo.
Sobrevoei o Evereste e algumas das montanhas da cordilheira dos Himalaias, estava a viver um dos capítulos da viagem ao mundo em 80 dias.
Em Praga foi como entrar num mundo kafkiano e em Amesterdão fui inteiramente cosmopolita.

Fiz um dos Caminhos de Santiago, e nasceu em mim uma outra dimensão que só quem percorre estes caminhos, calcorreados desde os tempos medievais, com sentido de peregrinação pode compreender.

Só espero que estas viagens continuem pois elas enriquecem o meu espírito, a minha alma, os meus conhecimentos, por vezes não são aquilo que esperamos, apresentam-se algumas adversidades mas também com elas podemos aprender.

Espero ter sempre amigos com quem as partilhar, dividir todos esses momentos, pois as viagens não são só físicas , são também de sentimentos.