
Todos os dias os seus olhos de menino procuravam-nas lá no alto da chaminé, nunca se cansava de as observar, os seus deditos estendidos apontavam na direcção daqueles pássaros estranhos com grandes asas e pernas compridas. Não percebia bem porquê mas adorava vê-las no seu voo sobre os campos e a maneira como aterravam no ninho.
A mãe vendo os seus olhos brilhar dizia-lhe -olha a cegonha !
Um dia também eu serei como a cegonha, livre para olhar o mundo lá do céu.