terça-feira, 27 de novembro de 2007

A CARTA

Olá
Já algum tempo que não te escrevia, por isso espero que tudo esteja bem contigo quando leres esta carta. Eu cá vou andando.
Os dias repetem-se uns a seguir aos outros, numa rotina que ajuda a ultrapassar as horas, mas na maior parte das vezes sentimo-nos dentro de um colete de forças. O que nos vale são os pequenos insólitos que surgem quando menos se espera.
Já deves ter reparado que estou um pouco cansada mas ultimamente tenho tido muito trabalho.
Então quais são as novidades? Não me respondas que " novidades só no continente".
Alguma coisa hás-de ter para me contar.
Bem, eu também não tenho assim grandes coisas para te dizer, mas olha ontem quando saí do trabalho e me deslocava no meu boguinhas em direcção a casa brilhava sobre a cidade uma quase lua cheia daquelas que parece que basta esticar o braço para lhe tocar.
Como será tocar a lua? Sempre achei que a lua devia ser fofinha, talvez por estar no céu como as nuvens , que é do conhecimento geral que são do mais fofo que há !!
Assim, de um dia sem história ficou aquela lua maravilhosa que me acompanhou a casa.
Bem agora vou-me despedir com muitos beijinhos, e até à próxima carta.

Da tua amiga


p.s - carta dirigida a todas as pessoas que a lerem.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A OUTRA MARGEM

Excelente filme.

Quantos de nós estão na outra margem separados por um rio de indiferença, de preconceito, de solidão.
Há que atravessar a ponte todos os dias, e quando esta não existir não podemos ficar parados.
As pontes constroem-se, um gesto aqui uma palavra acolá .

sábado, 10 de novembro de 2007

OS CREPES DA ANITA

Não posso dizer que tenha aprendido a cozinhar com a Anita, pois ainda hoje não sou grande coisa em matéria de culinária. Mas aprendi com ela a fazer um "doce especial".Deveria ter uns oito ou nove anos quando me ofereceram pelo meu aniversário o livro"Anita na cozinha", por isso naquele Verão decidi experimentar , debaixo de uma chuva de sérios avisos da minha avó, a última receita do livro-crepes.O primeiro saiu um desastre, directamente para o lixo acompanhado de uma série de " eu não te disse !!". Depois de um começo desanimador as coisas lá foram correndo melhor arriscando até a fazê-los virar em pleno ar. Só achava que esta era uma sobremesa que pouco rendia, pois por mais que fizesse o montinho não crescia. Foi quando descobri que enquanto estava ao fogão a minha avó sorrateiramente comia os crepes quentinhos acabados de fazer.Com o tempo tornei-me uma exímia crepeira ( não sei se tal palavra existe?) e sentia um imenso orgulho quando a minha avó me pedia para fazer "o tal doce".Este sábado tenho um jantar de amigos , como tenho que levar uma sobremesa decidi fazer crepes, fui a um livro de culinária e encontrei receitas de crepes Suzette, crepes de amêndoa, de ricotta, etc. No meu intimo eu sabia qual das receitas eu queria fazer-os crepes da Anita. Depois de vários telefonemas e de uma busca do precioso livro a 300km de distância veio parar às minhas mãos a famosa receita da minha infância.Acabei agora de os fazer, com o mesmo amor que outrora os fazia para a minha avó.

Espero que gostem.